Atuação da Fisioterapia em pacientes com a Doença de Alzheimer











O Alzheimer é uma doença clinicamente caracterizada pela perda progressiva do volume cerebral global – e de funções cognitivas como memória, atenção, concentração e linguagem – e, mais especificamente, de alterações na área do cérebro denominada hipocampo, responsável pela fixação das memórias.

Os pilares do diagnóstico do Alzheimer são: avaliação médica criteriosa, exames de neuroimagem, testes cognitivos para avaliar a memória e outras funções cognitivas. Outros exames, como a coleta de líquido cefalorraquidiano para avaliar biomarcadores, podem ser necessários. Seguir adequadamente as recomendações médicas de tratamento, realizar reavaliações médicas periódicas e orientar adequadamente os familiares sobre todos os contextos possíveis relativos à doença, ensinando-os a lidar com a mesma, são passos fundamentais para uma boa evolução do paciente durante o tratamento.

O Alzheimer não tem cura, mas possui tratamento. Há fármacos de uso consensual para o tratamento da doença, visando atuar sintomaticamente, porém os mesmos infelizmente não interrompem os processos neurodegenerativos associados à doença e que levam ao quadro demencial. O tratamento médico adequado, sobretudo quando iniciado precocemente, faz com que a doença se estabilize ou progrida mais lentamente, permitindo que os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida, maior inserção nas atividades familiares e sociais e menos complicações clínicas associadas.

A Fisioterapia na Doença de Alzheimer através de exercícios específicos, pretende evitar ou diminuir complicações e deformidades, manter ou melhorar as amplitudes de movimento, melhorar o equilíbrio tentando prevenir a ocorrência de quedas dos idosos, prevenir os danos motores, melhorar a força muscular, treinar a realização de AVD's tentando prolongar a independência do idoso e melhorar a sua qualidade de vida.

Na fase mais avançada da doença, quando o idoso passa a maior parte do tempo restrito ao leito, a fisioterapia é importante para minimizar as complicações da síndrome de imobilização, nomeadamente os encurtamentos musculares e a perda da força muscular, o aparecimento de úlceras de pressão (escaras), trombose, prisão de ventre e pneumonia, entre outros.

Também tem a função de evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular, evitar contraturas e encurtamento musculares (imobilização no leito), manter ou devolver a ADM funcional das articulações, manter as capacidades funcionais do paciente (sistema cardiorrespiratório), evitar ou diminuir complicações e deformidades, diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença,

Mantém a independência funcional nas atividades de vida diária. Trabalha os padrões de funcionamento do sistema respiratório (fala, respiração, expansão e mobilidade torácica), treino do padrão da marcha, orientação sobre as posturas corretas, incentiva e promove o funcionamento motor e mobilidade.

Realizar atividades em que se estimule o raciocínio do paciente, como atividades de escrever, decorar palavras, nomear objetos, que levam a um estímulo da memória. Exercícios para propriocepção e equilíbrio são fundamentais para a desenvoltura do paciente, como exercícios com bastões, bolas, descarga de peso gradual e andadores.

O profissional da fisioterapia é de suma importância em todas as fases da doença, tanto para manter o indivíduo mais ativo e independente possível, quanto para melhorar o seu desempenho funcional. É necessária uma avaliação que englobe os aspectos físicos, funcionais e comportamentais do paciente. Identificar as suas potencialidades já que apesar do diagnóstico, os pacientes costumam apresentar muitas habilidades cognitivas, motoras e funcionais nesta fase, precisando ser elencadas, avaliadas e otimizadas para a elaboração dos objetivos fisioterapêuticos.



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