Doença de Parkinson: Estratégias Fisioterapêuticas Atualizadas para Ganho de Mobilidade e Equilíbrio

 

A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta o controle motor, a coordenação e o equilíbrio. Estima-se que mais de 200 mil brasileiros convivam com o Parkinson, e com o aumento da expectativa de vida, esse número tende a crescer. Nesse cenário, o fisioterapeuta assume um papel fundamental não apenas na manutenção da funcionalidade, mas também na promoção de autonomia e qualidade de vida.

Nos últimos anos, a abordagem fisioterapêutica à DP avançou significativamente, com estratégias baseadas em neurociência, aprendizado motor e treinamento funcional.

Compreendendo os desafios motores da Doença de Parkinson

Os principais sintomas motores da DP incluem:

  • Bradicinesia (lentidão dos movimentos)

  • Rigidez muscular

  • Tremor de repouso

  • Instabilidade postural

  • Congelamento da marcha (freezing)

  • Alterações no padrão de marcha (passos curtos, arrastados, com base estreita)

Esses sintomas impactam diretamente na mobilidade funcional e aumentam o risco de quedas, especialmente em estágios mais avançados.

Além disso, a Doença de Parkinson compromete o sistema de controle postural automático, fazendo com que o paciente precise recorrer mais à atenção consciente para tarefas motoras simples — o que gera fadiga, insegurança e isolamento.

Avaliação Fisioterapêutica: um olhar funcional e preditivo

A avaliação deve ser ampla e considerar escalas como:

  • UPDRS (Unified Parkinson’s Disease Rating Scale)

  • MiniBESTest (avaliação do equilíbrio)

  • 10MWT (teste de caminhada de 10 metros)

  • Timed Up and Go (TUG)

  • Escalas de risco de queda e qualidade de vida

Além disso, o fisioterapeuta deve observar situações críticas como a resposta a mudanças de direção, tolerância ao duplo-task, velocidade da marcha e controle postural em transições.

Intervenções Fisioterapêuticas Atualizadas: o que está funcionando de verdade?

  1. Treinamento de Marcha com pistas externas e internas

    • Marcas visuais no chão, comandos auditivos rítmicos e auto-instruções verbais ajudam a desbloquear movimentos.

    • Trabalhar o padrão de passada, cadência e simetria reduz o freezing.

  2. Exercícios de equilíbrio em superfícies instáveis e com estímulo sensorial variado

    • Melhoram o controle postural e reduzem o risco de queda.

    • Integração com treinos em dupla tarefa amplia a funcionalidade em contextos reais.

  3. Treinamento de força e mobilidade articular

    • Fortalecimento de musculaturas extensores do tronco, quadril e tornozelo é essencial.

    • Exercícios ativos resistidos e funcionais devem ser adaptados à fase da doença.

  4. Estimulação de movimentos amplos e rápidos (técnica LSVT-BIG adaptada)

    • Incentiva a superação da bradicinesia e melhora a cinemática global do movimento.

  5. Integração de atividades com elementos lúdicos e motivacionais

    • Inclusão de música, dança, realidade virtual e terapia em grupo melhora adesão, humor e cognição.

  6. Educação e treino de estratégias compensatórias para o dia a dia

    • Ensinar o paciente a sair de bloqueios motores com truques motores.

    • Trabalhar segurança em casa e uso de dispositivos auxiliares.

Intervenção precoce é a chave

Estudos mostram que iniciar a fisioterapia ainda nos estágios iniciais da doença promove neuroplasticidade, preserva a mobilidade por mais tempo e retarda a perda funcional. O fisioterapeuta deve ser parte ativa da equipe multidisciplinar desde o diagnóstico.

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