Trabalho corporal do profissional na Fisioterapia na Neurologia
A gente já sabe que o cérebro é o que regula o comportamento motor. Diante isso, temos os pacientes neurológicos com alto índice de dependência, devido ao comprometimento na sua cinesia-humana.
Desta forma, acaba exigindo do profissional fisioterapeuta um maior condicionamento físico, pois este irá impor ao seu organismo posturas, sobrecargas, tensões e estresse, durante todo o atendimento.
O desgaste inerente à tarefa dos profissionais da saúde tem sido motivo de preocupação e de pesquisas há mais de duas décadas, e esta questão tem-se tornado cada vez mais relevante, principalmente pelo grau de importância da função social que estes profissionais exercem em suas comunidades.
Pode-se observar, na prática diária do processo de reabilitação física Neurológica, que estas características adotadas tendem a ser mais intensas do que em qualquer outra área de atendimento fisioterápico, uma vez que se trata de pacientes parcialmente e ou totalmente dependentes, que apresentam distúrbios como:
* Falta de controle postural e equilíbrio;
* Reflexos anormais;
* Déficits de programação motora;
* Disfunção cognitiva;
* Diminuição de propriocepção;
* Diminuição de flexibilidade;
* Disfunção da regulação tônica;
* Disfunção do trofísmo;
* Acinesia, ente outras alterações fisiológicas.
Devido a essas alterações fisiológicas, o Fisioterapeuta necessita realizar um esforço físico maior ao executar o tratamento, sendo que este é composto por:
* Exercícios passivos, ativos, ativos- resistidos e ativos-assistidos;
* Métodos específicos como: Bobath, Frenkel, Kabat, equoterapia e hidroterapia, entre outras técnicas em que o Fisioterapeuta deve quase sempre atuar de forma intensa.
É importante lembrar que estas técnicas são realizadas com o paciente na altura do solo, sobre colchonetes, tatames ou bolas. Isto exige que o Fisioterapeuta realize excessivamente os movimentos de flexão e extensão de tronco em oposição à força gravitacional.
Nesta circunstância, os profissionais que atuam nesta área estão mais propícios a desenvolver quadros sintomatológicos, sendo necessário adotar um programa de prevenção para que minimize o aparecimento de algias. Estes programas incluem alongamento, exercícios de fortalecimento e outros, visando um melhor condicionamento físico. Além disso, promovem adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas por meio de exercícios adequados ao ambiente de trabalho.
Isto possibilita uma melhora no desempenho laboral do profissional, diminuindo a possibilidade de adquirir algumas patologias provenientes do trabalho realizado durante seu atendimento em Fisioterapia Neurológica.
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