Fisioterapia Neurofuncional Infantil







Atualizações em pediatria no XV Congresso Mineiro de Terapia Intensiva -  Somiti


A Fisioterapia em Neuropediatria tem como princípios básicos a aquisição ou a recuperação de padrões de desenvolvimento normais, tendo-se por base uma escala de Desenvolvimento Motor Normal da Criança, padronizada mundialmente. São beneficiadas por esse tipo de abordagem crianças com seqüelas de lesões neurológicas causadas por alterações pré-natais, peri-natais e pós-natais.
As principais patologias tratadas pela fisioterapia pediátrica são: a encefalopatia crônica não progressiva (paralisia cerebral), ADNPM (atraso no desenvolvimento neuro psico motor), má formações congênitas, síndromes de Down, West e de Turner, mielomeningocele, entre outras.
O atendimento de fisioterapia em Neuropediatria é individualizado e personalizado, para que o tratamento seja sempre adequado às necessidades reais de cada paciente. A abordagem fisioterapêutica tem a finalidade de preparar a criança para uma determinada função, manter ou aprimorar as já existentes.

Paralisia Cerebral (PC)
Paralisia cerebral é uma desordem de movimento e postura devido a uma lesão do cérebro imaturo.
As crianças com PC têm como principal característica o comprometimento motor, que influencia no seu desempenho funcional. Pode ser classificada por dois critérios: pelo tipo de disfunção motora presente, ou seja, o quadro clínico resultante, que inclui os tipos extrapiramidal ou discinético (atetóide, coréico e distônico), atáxico, misto e espástico; e pela topografia dos prejuízos, ou seja, localização do corpo afetado, que inclui tetraplegia ou quadriplegia, monoplegia, paraplegia ou diplegia e hemiplegia.
O atendimento fisioterápico aborda as necessidades de cada criança, de acordo com a lesão apresentada. Em todos os casos, uma avaliação detalhada permitirá uma abordagem individualizada.
Entretanto, o prognóstico da PC depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da intensidade de retrações e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da reabilitação que se dá de forma lenta e progressiva.

Síndrome de Down (SD)
A Síndrome de Down (SD) é caracterizada como uma condição genética, que leva seu portador a apresentar uma série de características físicas e mentais específicas.A desordem clínica é caracterizada por erro na distribuição dos cromossomos das células, e na maioria dos casos apresenta um cromossomo extra no par 21, tal excesso de carga genética está presente desde o desenvolvimento intra-uterino e caracterizará o indivíduo ao longo de sua vida.
O aumento da incidência com a idade da mãe é bem conhecido. No entanto, a maioria das crianças são filhos de mães com menos de 30 anos. A explicação reside no fato de haver muito mais gravidezes neste grupo etário do que no grupo com mais idade.
O diagnóstico geralmente é realizado pelos achados fenotípicos, ou melhor, pela aparência facial. Porém, o diagnóstico definitivo é alcançado com o estudo cariótipo.
Existem cerca de 50 características físicas exibidas pela criança com SD logo após o nascimento. Incluem-se prega palmar única, base nasal achatada, hipoplasia da região mediana da face, diâmetro frontooccipital menor, fontanelas anterior e posterior amplas, pescoço curto em relação ao não portador da síndrome, língua protusa e hipotônica, orelhas pequenas e subdesenvolvidas.
O desenvolvimento da criança com SD depende do diagnóstico precoce, do inicio dos estímulos com a abordagem fisioterápica o mais cedo possível, assim como a interação de profissionais multidisciplinar e com a família.
As técnicas de fisioterapia são aplicadas para cada paciente de forma especifica a suprir necessidades posturais, de tônus e equilíbrio. Porém, sempre embasados numa boa avaliação, principalmente porque portadores da SD em muitos casos são cardiopatas graves.


Fonte: http://www.clinicafisioform.com.br


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