Avaliação da mobilização neural sobre o ganho de amplitude de movimento









A principal função do Sistema Nervoso (SN) é a condução de impulsos; porém, esta é extremamente dependente da parte mecânica desse sistema e viceversa.

A interligação da função mecânica e fisiológica do SN foi reunida no termo neurodinâmica. Se esse sistema está apresentando normalidade neurodinâmica, significa que suas propriedades mecânicas e fisiológicas estão normais (1, 2).

Não cabe ao SN somente conduzir impulsos por meio de grandes amplitudes e complexidades de movimento, mas também adaptar-se mecanicamente a esses movimentos, retraindo-se e alongando-se, podendo até mesmo limitar essas amplitudes em certas combinações de movimentos (1, 3).

Quando a neurodinâmica está alterada, ocorre o que se denomina de Tensão Neural Adversa (TNA), que consiste numa resposta mecânica e fisiológica anormal quando a amplitude normal do SN e sua capacidade de alongamento são testadas (1).

A atividade adequada do SN depende de sua integridade. O comprometimento da mecânica e da fisiologia do SN pode resultar em outras disfunções próprias do mesmo, bem como das estruturas musculoesqueléticas que recebem sua inervação (1, 4).

Os nervos periféricos são frequentemente traumatizados, resultando em lesões que trazem como consequência perda ou redução da sensibilidade e da motricidade no território inervado pelos mesmos (5). Entre os diversos nervos periféricos do corpo, o nervo mediano apresenta traumatismos frequentes, resultando em lesões que trazem como consequência a redução da capacidade funcional do individuo (6). Os exames que avaliam o envolvimento do tecido neural e a presença de TNA vêm sendo alvo de pesquisas.

Os testes de restrição de mobilidade do SN são considerados importantes há muitos anos, incluindose nos procedimentos que são empregados em geral para avaliação de distúrbios musculoesqueléticos.

Os testes neurodinâmicos envolvem aplicação de um conjunto de movimentos passivos destinados a testar a capacidade de adaptação do tecido neural a diferentes posições funcionais (7, 8).

A Mobilização Neural (MN) é uma técnica que tem como objetivo restaurar o movimento e a elasticidade do SN, o que promove o retorno às suas funções normais e a redução do quadro sintomático (9). Embora a MN não seja amplamente conhecida, essa ideia de aplicar um tratamento mecânico para o tecido neural não é nova. Princípios e métodos do alongamento neural já existiam desde o ano 1800 e progressivamente

Considerando que a TNA é um dos fatores que limita o movimento, presume-se que sua resolução ou diminuição por meio da MN resultaria numa melhor dinâmica neural e, consequentemente, permitiria uma maior ADM. Diante desse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos imediatos da mobilização neural do nervo mediano sobre o ganho de amplitude de movimento de extensão do cotovelo (ADMEC) em indivíduos neurologicamente assintomáticos.

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