Como Prevenir Úlceras de Pressão e Rigidez Articular em Pacientes Imobilizados

Pacientes imobilizados representam um dos maiores desafios clínicos na fisioterapia neurofuncional e hospitalar. A imobilidade prolongada pode levar a complicações graves, como úlceras de pressão, rigidez articular, atrofia muscular e perda de funcionalidade, impactando diretamente na qualidade de vida e prognóstico do paciente. Por isso, a prevenção e intervenção precoce são essenciais para reduzir riscos e melhorar resultados clínicos.
Entendendo o Problema
Pacientes acamados ou com mobilidade restrita apresentam pontos de pressão contínua, geralmente nas regiões sacral, calcânea, trocantérica e occipital. Essa pressão prolongada diminui a perfusão sanguínea, levando à necrose tecidual e formação de úlceras. Paralelamente, a falta de movimento provoca encurtamentos musculares, limitação de amplitude articular e contraturas, comprometendo a reabilitação funcional.
Estratégias Fisioterapêuticas para Prevenção
1. Avaliação Inicial e Planejamento Individualizado
O fisioterapeuta deve realizar uma avaliação detalhada do paciente imobilizado, considerando:
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Estado neurológico e cognitivo;
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Mobilidade residual e amplitude articular;
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Sensibilidade cutânea e risco de úlceras (escala de Braden, por exemplo);
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Comorbidades que podem impactar circulação e cicatrização.
2. Mobilização Passiva e Ativa
A mobilização regular das articulações é crucial para prevenir rigidez e contraturas. Recomendações incluem:
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Exercícios passivos em membros superiores e inferiores várias vezes ao dia;
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Mobilização ativa-assistida sempre que o paciente tiver algum controle muscular;
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Movimentos dentro da amplitude indolor, respeitando limitações e sinais de desconforto.
3. Mudanças Posturais e Reposicionamento
Reposicionar o paciente a cada 2 horas reduz significativamente o risco de úlceras. Estratégias incluem:
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Uso de almofadas e coxins para aliviar pontos de pressão;
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Alternância de decúbito supino, lateral e semi-fowler;
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Ajuste cuidadoso da posição de braços e pernas para evitar sobrecarga articular.
4. Cuidados Complementares
Além da mobilização, outros cuidados aumentam a eficácia da prevenção:
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Higiene da pele e manutenção de pele seca;
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Hidratação adequada e nutrição adequada;
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Exercícios respiratórios e circulatórios para melhorar perfusão sanguínea e oxigenação tecidual.
5. Educação da Equipe Multidisciplinar
A prevenção de complicações em pacientes acamados é uma tarefa coletiva. Treinar enfermeiros, cuidadores e familiares para realizar reposicionamentos, mobilizações seguras e inspeção diária da pele é fundamental.Para potencializar sua prática clínica, aprimorar protocolos de avaliação e reabilitação e acessar exercícios passo a passo, confira:
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