Passo a Passo Completo de uma Avaliação NeuroFuncional
A avaliação na Fisioterapia neurofuncional deve ser minuciosa e conter vários aspectos para que o profissional possa prescrever o melhor tratamento possível. Vale lembrar que a avaliação neurofuncional é um processo dinâmico e contínuo. A equipe multidisciplinar deve trabalhar em conjunto para garantir um tratamento eficaz.
Passo a Passo Completo de uma Avaliação Neuro Funcional
1. Anamnese:
- Dados Pessoais: Nome, idade, sexo, estado civil, profissão, nível de escolaridade, lateralidade.
- Queixa Principal: Descrever o motivo da consulta, quando e como os sintomas iniciaram, se há fatores que os agravam ou melhoram, se há outros sintomas associados.
- História da Doença Atual: Detalhes sobre a evolução dos sintomas, incluindo datas, eventos importantes, mudanças no quadro neurológico, internações, cirurgias, medicações em uso.
- Histórico de Saúde: Doenças preexistentes, alergias, medicações em uso, cirurgias, internações, hábitos de vida (tabagismo, alcoolismo, atividade física), histórico familiar de doenças neurológicas.
- Exame Físico Geral: Avaliar sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura respiratória), peso, altura, estado geral de saúde, presença de deformidades, edemas, alterações na pele.
2. Avaliação dos Sistemas:
- Sistema Nervoso Central:
- Nível de Consciência: Alerta, orientado em tempo e espaço, confuso, desorientado, obnubilado, comatoso.
- Funções Cognitivas: Memória, atenção, linguagem, cálculo, praxias, gnosias.
- Funções Motoras: Força muscular, tônus muscular, coordenação motora, equilíbrio, marcha.
- Funções Sensitivas: Sensibilidade superficial (dor, temperatura, tato), sensibilidade profunda (propriocepção, esterognosia, grafestesia).
- Funções Cerebelares: Dismetria, disdiadococinesia, tremor intencional, ataxia.
- Funções Bulbares: Fonação, deglutição, paladar, reflexo nauseoso.
- Sistema Nervoso Periférico:
- Força Muscular: Avaliar a força muscular dos principais grupos musculares, utilizando a escala de 0 a 5 (0 - sem contração muscular, 5 - contração normal).
- Tônus Muscular: Avaliar o tônus muscular dos principais grupos musculares, utilizando a escala de 0 a 4 (0 - hipotonia, 4 - hipertonia).
- Reflexos Osteotendíneos: Avaliar a presença e a vivacidade dos reflexos osteotendíneos, utilizando a escala de 0 a 4 (0 - ausente, 4 - hiperativo).
- Sensibilidade: Avaliar a sensibilidade superficial (dor, temperatura, tato) e a sensibilidade profunda (propriocepção, esterognosia, grafestesia).
3. Exames Complementares:
- Eletroneuromiografia (EMG): Avalia a função dos nervos e músculos.
- Tomografia Computadorizada (TC) de Crânio e Coluna: Avalia a estrutura do cérebro e da coluna vertebral.
- Ressonância Magnética (RM) de Crânio e Coluna: Avalia a estrutura do cérebro e da coluna vertebral com mais detalhes.
- Eletroencefalograma (EEG): Avalia a atividade elétrica do cérebro.
- Potenciais Evocados: Avaliam a função das vias sensoriais e motoras.
4. Diagnóstico e Prognóstico:
- O diagnóstico é realizado com base na história clínica, no exame físico e nos exames complementares.
- O prognóstico depende da severidade da doença, da causa e da resposta ao tratamento.
5. Plano de Tratamento:
- O plano de tratamento é individualizado e deve ser elaborado por uma equipe multidisciplinar, composta por neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais.
6. Reavaliação:
- A reavaliação é fundamental para acompanhar a evolução do quadro neurológico e ajustar o plano de tratamento.
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