Saiba mais sobre Distrofia muscular do tipo fácio-escápulo-umeral








A distrofia muscular facioscapulohumeral (FSHD) é caracterizada por fraqueza muscular progressiva com envolvimento focal dos músculos da face, ombro e braço. Ela é a terceira forma mais comum de distrofia muscular com incidência de 1:20.000.

Na forma clássica, os principais sinais clínicos são fraqueza facial bilateral, dificuldade em protrair os lábios e fechar os olhos, e comprometimento dos músculos da cintura escapular (ombros e braços), de maneira assimétrica, causando dificuldades para elevar os braços e fazendo com que as escápulas se tornem salientes (escápulas aladas). Estes sinais, associados à fraqueza da musculatura abdominal, podem provocar uma lordose lombar acentuada. Ambos os sexos podem ser afetados, mas, em média, os homens têm um quadro mais grave que as mulheres.

Conheça o curso de Doenças Neuromusculares

O início da manifestação clínica pode acontecer em qualquer época da vida, desde o início da infância até a vida adulta tardia, embora se manifeste principalmente durante a segunda década de vida. Entretanto, há muita variabilidade clínica e pessoas portadoras da mutação podem permanecer assintomáticas durante toda a vida.

Na maioria dos casos, o comprometimento muscular é leve e a evolução da doença é lenta.

O tratamento é sintomático, visando a prevenção da rigidez articular e da dor, recorrendo à mobilização passiva e administração de antálgicos. Nos casos graves pode ser necessário o suporte ventilatório. O tratamento cirúrgico envolve a fixação da escápula, o que pode levar a uma melhoria na amplitude de movimento dos braços.

O curso Doenças Neuromusculares oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre miopatias infantis, distrofias musculares, paralisias periódicas, esclerose lateral amiotrófica, neuroplasticidade e muito mais.

A atrofia da musculatura da cintura escapular tem como corolário déficit dos segmentos proximais dos membros superiores, é comum o sinal de escápula alada, sendo habitual o relato de que a criança não consegue se pentear ou alcançar objetos em prateleiras mais altas. Como a fraqueza dos músculos fixadores da escápula, ao elevar os MMSS, existe deslocamento da escápula para cima, bloqueando a elevação até certo ponto, posteriormente existe atrofia e fraqueza dos músculos do braço, com relativa preservação dos deltóides, que com o tempo também irão atrofiar; com a evolução, geralmente na época em que os músculos do braço estão muito fracos, surge redução da força e sinais de envolvimento dos músculos do compartimento anterior das pernas.



  • EBOOK GRATUITO: Carreira em Fisioterapia Neurofuncional




  • Poste um Comentário

    Tecnologia do Blogger.