Fisioterapia na Esclerose Múltipla







Fisioterapia - Aliance Health


A esclerose múltipla é uma doença crônica e progressiva, provavelmente autoimune, que afeta o sistema nervoso central destruindo as bainhas de mielina dos nervos. As bainhas de mielina são estruturas que envolvem os axônios (parte do neurônio) e possuem função de acelerar a velocidade de condução do impulso nervoso. Quando essas estruturas estão danificadas, processo conhecido como desmielinização, a comunicação entre o cérebro e o corpo encontra-se prejudicada comprometendo as funções.

Acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e mecanismos autoimunes levem a desmielinização, processo inflamatório e formação das cicatrizes gliais (escleroses) no sistema nervoso central.

Acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e mecanismos autoimunes levem a desmielinização, processo inflamatório e formação das cicatrizes gliais (escleroses) no sistema nervoso central. O termo “esclerose múltipla” refere-se às diversas áreas de cicatrização formadas nos locais de desmielinização do sistema nervoso desses indivíduos. O diagnóstico é basicamente clínico, podendo ser complementado com exames de imagem como a ressonância nuclear magnética. Não existem exames laboratoriais que possam auxiliar no diagnóstico.

A doença manifesta-se em adultos jovens, entre 20 e 30 anos, sendo mais frequente em mulheres. Observa-se a ocorrência de surtos de desmielinização com sintomas variados, imprevisíveis, determinados de acordo com as localizações anatômicas das áreas lesadas. Os sintomas mais comuns são fraqueza motora, formigamento, desequilíbrio, tremor, alteração visual e incontinência urinária.

Todos os indivíduos com esclerose múltipla precisam de acompanhamento fisioterapêutico que, através da reabilitação neurofuncional, busca recuperar as funções comprometidas e prevenir novos surtos da doença. A reabilitação neurofuncional está indicada para os pacientes com sequelas neurológicas e visa também à reinserção desse indivíduo no seu meio social com a participação da família e da sociedade.

A reabilitação neurofuncional fundamenta-se numa abordagem dos sintomas específicos dos indivíduos e utiliza técnicas combinadas que devem ser adequadas continuamente de acordo com os déficits funcionais apresentados. Através de atividades funcionais e treinos de atividades de vida diária é possível promover ganhos funcionais a esses indivíduos.

Nos indivíduos com esclerose múltipla, a reabilitação neurofuncional não elimina totalmente o dano neurológico, porém fornece uma melhor qualidade de vida para esses pacientes, além de retardar o aparecimento dos novos surtos.
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