Plasticidade aprendizagem-dependente








O aprendizado depende de alterações persistentes e da longa duração da força das conexões sinápticas. Com a repetição de tarefas, ocorre redução do número de regiões ativas do encéfalo. Finalmente, quando a tarefa foi aprendida, só pequenas regiões distintas do encéfalo mostram atividade aumentada durante execução da tarefa1.
O aprendizado de novas habilidades esta presente para promover a plasticidade cerebral. Com isso ocorre aumento dos ramos dendríticos, da densidade de espinhas dendríticas e do número de sinapses por neurônios e botões sinápticos.

Não a intensidade de treinamento, mas sim o aprendizado induz a reorganização cortica, isto pode ser observado em macacos, em ratos e gatos. Estudos recentes relatam que a sinaptogênese precede a reorganização dos mapas motores e ambas acontecem durante fases tardias do aprendizado de habilidades. Então essa reorganização e a formação de novas sinapses não contribuem para a inicial aquisição das habilidades, mas representam a consolidação das mesmas87. Essa formação sináptica que ocorre na plasticidade aprendizagem-dependente é importante para as alterações funcionais corticais. Foram encontrados em alguns trabalhos melhora na performance motora depois dos 3 primeiros dias do treino de uma nova habilidade de alcançar, e as alterações corticais apareceram entre 7 e 10 dias desse treino.
Pesquisadores observaram que as diferentes ativações do córtex motor primário para a aprendizagem podem persistir por até oito semanas depois do treino de uma nova tarefa23. Durante a aprendizagem a representação dos movimentos específicos é usada para o sucesso da performance das tarefas motoras, quando selecionada expande no córtex a custa de outras representações dos membros.

Em contraste quando são realizados movimentos repetitivos que não requerem habilidade nas atividades motoras e também não evidenciam aprendizado, não produzem alterações nos mapas do córtex de ratos ou macacos. Uma explicação pode ser que quando a seqüência é realizada o mapa retorna ao tamanho original refletindo diferença nos mecanismos do processo cognitivo.

Um programa de aprendizagem motora de tarefas específicas é mais eficiente para a recuperação motora e para o nível de independência nas atividades diárias; como comprovou um estudo com um grupo de ratos adultos que receberam cinco semanas de treinamento de uma nova tarefa de alcance comparadas com um grupo controle que não recebeu, os que foram treinados apresentaram recuperação funcional relacionada com o tamanho do córtex, enquanto que os não treinados mostraram a não reorganização dos mapas indicando falta das alterações no córtex. Assim a extensão da recuperação depois da lesão cerebral tem relação com o grau de neuroplasticidade associado com movimentos específicos.

Há evidências de que a aprendizagem utilizando o membro não prejudicado também possa influenciar a expressão da sinaptogênese

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