Especial dor: Controle da dor







Um dos aspectos mais importantes da prática odontológica é o controle
ou a eliminação da dor. Investigações mostraram que os pacientes se
afastavam dos consultórios mais por causa do medo ou temor da dor, do
que por todas as outras razões juntas. Curiosa e contraditoriamente, a
dor determina freqüentemente a procura de cuidados odontológicos.

A dor pode ser controlada ou eliminada na clínica odontológica, e para
isso podem ser usados os seguintes métodos:

Eliminar a causa - A remoção da causa da dor seria o método mais
conveniente pois as terminações nervosas livres não seriam excitadas e
nenhum impulso seria iniciado. No entanto é desejável que essa remoção
não ocasione nenhuma alteração permanente nos tecidos, pois assim,
embora os fatores causais fossem removidos, os receptores continuariam
a ser capazes de gerar impulsos, que em muitos casos representam
mecanismos de proteção. Assim, a inflamação de uma polpa dental
provocando dor, pode ser tratada em alguns casos por remoção de tecido
cariado e proteção da polpa ou, em outras situações, pela remoção
dessa estrutura, seguida de obturação endodôntica.

Bloquear a via dos impulsos dolorosos - Para esse bloqueio injeta-se
nos tecidos próximos ao nervo ou nervos implicados nesse processo de
dor, uma droga que possua propriedades analgésicas ou anestésicas,
impedindo a despolarização das fibras nervosas na zona de absorção da
droga e não permitindo, dessa maneira, que essas fibras conduzam
centralmente os impulsos, além do ponto bloqueado. Enquanto o agente
anestésico se encontrar no nervo em concentrações suficientes para
impedir a despolarização o bloqueio será efetivo. Se o bloqueio for
insuficiente ou inadequado, o que pode ocorrer por razões diversas,
existirá a possibilidade de o impulso "saltar" o bloqueio e seguir em
direção ao sistema nervo central.

Elevar o limiar da dor - Para isso é utilizada a ação farmacológica de
drogas que possuem propriedades analgésicas. O efeito dessas drogas
pode elevar o limiar da dor apenas até um certo ponto, na dependência
da droga empregada. As aspirinas, por exemplo, são eficazes para
eliminar perturbações leves. Os narcóticos, verdadeiros analgésicos e
que possuem propriedades hipnóticas, são eficazes também em presença
de dores mais intensas. No entanto, fisiologicamente é impossível
eliminar todas as dores somente pela elevação do limiar. As drogas que
elevam o limiar da dor têm doses adequadas para esse fim e o aumento
da dosagem não aumentará sua eficácia sem produzir efeitos
indesejáveis e, às vezes, perigosos. A presença de estímulos mais
nocivos, que criam dores intensas, requererá o bloqueio das vias que
conduzem esses impulsos, ou a ação depressora da anestesia geral.

Depressão cortical - A depressão do córtex está dentro do alcance da
anestesia geral. Os agentes anestésicos gerais promovem uma crescente
depressão do sistema nervoso central, impedindo toda reação consciente
aos estímulos dolorosos.

Métodos psicossomáticos - Estes métodos, que consistem em levar o
paciente a um estado mental adequado têm, infelizmente, sido
descuidados na prática odontológica, embora sejam os que melhores
resultados oferecem em relação ao menor risco a que expõem o paciente.
Entre os fatores importantes nesse caso estão a honestidade de
princípios e a sinceridade demonstradas pelo cirurgião-dentista. Isso
requer manter o paciente informado do procedimento profissional e do
que deve esperar. O sistema nervoso não aprecia surpresas e muitas
vezes reage violentamente a elas. Deve-se fazer o paciente entender,
mediante considerações amáveis, o alcance do desconforto que deve
esperar. Também deve assegurar-se que qualquer experiência sensorial
desagradável pode ser adequadamente controlada. Ao paciente agrada
saber que sua comodidade é objeto de consideração do profissional. Uma
vez que esteja seguro disto, tende a tolerar melhor as sensações
desagradáveis.

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